jueves, 8 de octubre de 2020

Aguas de Invierno de la poetisa brasileña Jussara Nodari Lucena

JUSSARA MARIA NODARI LUCENA    

Brasileira, reside na cidade de Porto Alegre, Rio Grande do Sul.

Graduada em Pedagogia e Ciências Jurídicas e Sociais. Possui contos e poemas premiados  e publicados em Antologias  e Seleções  no Brasil,

Portugal e Uruguai. Publicações solo : “Esta pele que eu não quero mais”,

contos”. De Rosas e Punhais”, poemário. Edição Prêmio no Concurso GMH - Editorial, Lisboa, Portugal. Em conjunto com o escritor uruguaio Nelson

Guerra, publicou: Pindorama  -Terra  de Palmeiras”, poemas, edição bilíngue português/espanhol.Traduziu para o português Quando el corazón tiembla/Quando estremece o coração, da escritora uruguaia Yolanda Clavijo. Edição bilíngue espanhol/português.

jussaramarial@yahoo.com.br

ÁGUAS DE INVERNO

                    Jussara Nodari Lucena


As águas teimosas

deste inverno

não cessam.

 

Nesta tarde encharcada pela chuva

despencam cascatas

dos beirais

das casas antigas e cansadas

de chamar em vão pelo sol

alheio

indiferente.

 

Nas vidraças

- olhos embaçados dessas casas -

lagrimas opalinas

traçam sulcos

formando

desconsoladas trilhas.

 

Magoadas pela chuva

madressilvas

suspiram úmidos perfumes.

Em suas penas murchas,

pássaros sem canto

carregam

saudades  do  verão.

 

E  por sentença

- inapelável -

estamos nós condenados

à prisão perpétua

de líquida solidão.



AGUAS DE INVIERNO


         Traducción: Escritor Nelson Guerra

 

Las aguas tercas

de este invierno

no cesan.

 

En esta tarde encharcada


por la lluvia

bajan cataratas

de los aleros

de las casas antiguas y cansadas

de llamar en vano al sol

ajeno

indiferente.

 

En los vidrios

-ojos empañados de esas casas -

lágrimas opalinas

trazan zurcos

formando

desconsolados trillos.

 

Apenadas por la lluvia

madreselvas

suspiran húmedos perfumes.

En sus plumas marchitas

pájaros sin canto

cargan

nostalgias del verano

 

Y por sentencia

 - inapelable - 

estamos condenados

a prisión perpetua

de líquida soledad.


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